20 novembro 2012

O negro nas histórias em quadrinhos (10)

Gutemberg Cruz lança no jornal A Tarde a coluna semanal QUADRINHOS EM ESTUDO (1977). E no dia 18 de julho começa a ser publicado no jornal A Tarde as tiras em quadrinhos diárias dos personagens OS BICHIM, de Nildão; NIQUITA, de Dílson Miflej; BACURI, de Carlos França; NEGO E NEGA, de Romilson; JUÁ, de Sebas: GRILOTE, de Reinaldo; e mais tarde BRITO, de Vleber; O VERME, de Calafange.

Em 1996 a Editora Jazz Music lança, em formatinho, a revista em quadrinhos A Família Negritude Júnior com roteiro de Alexandre Nagado, Jonatas Star Mar e Ismael dos Santos, e arte de José Luis Siqueira da Silva e Silvio Spotti. Mostra as aventuras atrapalhadas desse grupo musical.

Falcão – Falcão é um personagem do Universo Marvel, criado por Stan Lee e Gene Colan. Sua primeira aparição foi em Captain America Vol. 1, #117 (1969). Sam Wilson adotou a identidade de Falcão, tornando-se o primeiro norte americano negro a virar super herói na Marvel. Suas aventuras ao lado do Capitão América trouxeram tanta popularidade que a editora resolveu dar um passo um tanto ousado para a época. A partir da edição 134 da revista do Capitão (fev. 1971), a série deixou de chamar-se simplesmente Captain America para virar Captain America and The Falcon. Para os complexos anos 70, marcados pela luta dos negros por direitos iguais, parecia a atitude correta que um personagem de ideais tão justas quanto Rogers cedesse espaço no título de sua revista e seu parceiro. Os heróis atuaram juntos sob esse título conjunto por mais de sete anos, até a edição 222, de junho de 1978.


Raio Negro – Primeiro herói negro da DC e, embora sua revista só tenha durando 11 edições, foi um marco na editora. Surgido em Black Lightning 1, de 1977, o capitão olímpico Jefferson Pierce decide retornar ao bairro pobre e violento onde cresceu para trabalhar como professor. De quebra, decide enfrentar traficantes, assassinos e ladrões que infestavam a região. Utilizando seus dons atléticos e um cinto que lhe conferia poderes elétricos (além de uma peruca black power), Pierce assumiu a identidade de Raio Negro.

Ciborgue – O jovem Victor Stone surgiu como um dos novos membros da antiga Turma Titã, revitalizada como Novos Titãs, em 1980. Filho de um renomado cientista, Victor era um atleta que teve o corpo mutilado durante uma experiência conduzida por seu pai. Desesperado, o Doutor Stone reconstruiu o corpo do filho e substituiu as partes danificadas por próteses robóticas. Com isso, salvou sua vida. Ao adotar o codinome Ciborgue e unir-se aos novos Titãs começou a participar de trabalhos com crianças mutiladas.

Aço – Criada por Louise Simonson e Jon Bogdanove em Adventures of Superman 500, de 1993, John Henry Irons é um especialista em armamentos, que se arrependeu por ter criado diversas armas no passado e, ao simular sua morte, abandonou uma brilhante carreira para se tornar um operário em Metrópolis. Ao descobrir que algumas das armas que projetou eram usadas por gangues locais, desenvolveu uma armadura de combate e, inspirado pelo Superman (morto aparentemente na luta contra Apocalipse), passou a atuar como o herói Aço. O personagem chegou a ganhar revista própria entre 1993 a 1998, somando 52 edições., além de ter atuado como membro da Liga da Justiça.

Super Choque – Conhecido no Brasil como Super Choque, o herói adolescente foi criado em 1993 com roteiro de Dwayner McDuffie e Robert Washington III e arte de John Paul Leon. Ele surgiu em uma guera de gangues onde foi jogado um gás experimental. Com isso adquiriu poderes eletromagnéticos e passa a combater os vilões surgidos no acidente. A revista do herói foi criada pela Milestone, uma editora com a proposta de lançar títulos de personagens negros e latinos.

Missão: Perigo (Dateline: Danger) - Criação de John Saunders e Alden McWilliams. Série policial sobre uma dupla de agentes federais, um loiro e um negro, bem dentro do esquema da política americana de mascarar o problema racial.


Bibliografia consultada:

BARCINSKI, André. A negritude chega aos quadrinhos. Rio de Janeiro: Jordo do Brasil. 19 de julho de 1003, página 5.

CARDOSO, Athos Eichler. J. Carlos e os primeiros personagens infantis das HQ Brasileiras. Intercom, 2005.

CHINEN, Nobuyoshi. A presença do negro nos quadrinhos latino americanos: uma breve história. O caso do Brasil. Doutorando em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Faculdade Oswaldo Cruz. São Brasil

CIRNE, Moacy. Uma Introdução Política aos Quadrinhos. Rio de Janeiro: Achiamé, 1982.

FRANCO, Gabriela & SALVATORE, Társis. Heróis negros. Revista Mundo dos Super Heróis n.11. Editora Europa Ltda. São Paulo, julho/agosto de 2008, paginas 12 a 14.

GOIDA. Enciclopédia dos Quadrinhos. Porto Alegre: L&PM Editores, 1990.

GUEDES, Roberto. A Saga dos Super Heróis Brasileiros. São Paulo: Opera Graphica, 2005.

GUERRA, Fábio Vieira. Super Heróis Marvel e os conflitos sociais e políticos nos EUA (1961-1981). Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2011.

JUNIOR, Edimário Bastos Duplat. Poderosa Wakanda: A representação do super heroi negro nos quadrinhos da Marvel Comics. Salvador: Faculdade de Comunicação da UFBa, 2010.

MORRISOM, Grant. Superdeuses. São Paulo: Seoman, 2012.

VERGUEIRO , Waldomiro. A odisséia dos quadrinhos infantis brasileiros: Parte 1: De O Tico-Tico aos quadrinhos Disney, a predominância dos personagens importados. Versão resumida e adaptada de artigo publicado no primeiro número da revista International Journal of Comic Art , sob o título de “Children’s comics in Brazil: from Chiquinho to Monica, a difficult journey”.Acesso na Internet: março 2012:

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