23 fevereiro 2011

Altos e Baixos em Salvador (2)

O que falta nessa cidade? Verdade. Que mais por sua desonra? Honra. Falta mais quer se lhe ponha. Vergonha?” (Gregório de Mattos)


De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto” (Ruy Barbosa)



Livros


O ilustrador Enéas Guerra investe em mercado editorial baiano. À frente da Solisluna Design e Editora (nova editora baiana) fez bonito na 21a Bienal Internacional do Livro com estande criativo e promoveu o lançamento de 16 títulos, entre livros ficcionais para adultos e crianças, literatura técnica ou de caráter mais acadêmico. Entre os livros estão: Candomblé da Bahia e Cacimbo, de José de Jesus Barreto, Notas Mínimas, de Katherine Funk, Margarida Bem me Quer, de Débora Knittel, Imagens da Diáspora, de Gustavo Falcon, Olho Desarmado de Sônia Rangel, entre outros. Mais informações no site da editora: solislunadesign.com.br



Saneamento


Cerca de 83% da cidade de Salvador têm acesso à água e esgoto encanado, segundo dados da Embasa. O fim do esgoto a céu aberto e dos alagamentos, que atingem principalmente os bairros periféricos, poderia reduzir a números insignificantes os casos de leptospirose, doença contraída pela urina contaminada dos ratos e que, entre os meses de janeiro a julho de 2010, já matou pelo menos 13 pessoas em Salvador.


Aeroporto


A guerra contra os portugueses na Bahia durou um ano e cinco meses, mobilizou mais de 16 mil pessoas só do lado brasileiro e custou centenas de vidas. Foi também na Bahia que o Brasil independente correu o mais sério risco de se fragmentar porque os portugueses alimentava a esperança de que, uma vez dominada a Bahia, suas tropas poderiam atacar o Rio e dali recuperar as demais províncias perdidas. Como a Bahia tem muito de contradição, o Aeroporto Internacional Dois de Julho que homenageava a maior data da nossa história (data magna baiana), mudou de nome e hoje é Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães.

Trânsito


O trânsito caótico de Salvador devido a falta de soluções eficientes de mobilidade, expansão mal planejada do mercado imobiliário, más condições da pavimentação de vias públicas, inercia dos diversos prefeitos que a cidade teve e tem. O sistema de transporte coletivo da cidade é um dos piores do Brasil. O transporte de massa como o metrô ainda é promessa enquanto o dinheiro público escorre para outras vias. A primeira capital administrativa do país deveria ser dotada de um bom sistema de transporte público e intervenções de mobilidade que realmente fossem eficientes na resolução do problema. A boa mobilidade tem efeito multiplicador não só nos cidadãos como para os visitantes.


Vandalismo


O vandalismo está em alta na cidade. Bancos, placas de grama, mudas de plantas, esculturas, placas de trânsito, nada escapa da ação dos ladrões e pichadores que depredam o patrimônio público. É preciso criar leis mais severas para quem comete vandalismo, consertando o que foi destruído, prestando serviços a instituições sociais. Mas é preciso mais: todo cidadão deve ser responsável pela conservação dos equipamentos de uso público pois se destinam ao bem comum. É preciso educar essa gente. Consciência neles!


Entulho


Salvador não possui alternativas para a revitalização de entulho pelo setor privado da construção civil. Está na contramão do que determina o Conselho Nacional de Meio Ambiente. O gerador de entulho deveria ter no canteiro de obras um plano de gestão de resíduos. Se houvesse reciclagem interna nas obras, não seria preciso colocar caçambas nem contêineres externos. Além de tapar bueiros, poluir rios, depredar a paisagem e obstruir vias de trânsito, o descarte inadequado de entulho serve como abrigo para roedores e escorpiões, animais vetores de doenças. O poder público precisa pressionar o setor de construção civil a criar alternativas de reutilização.

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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.

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