25 janeiro 2010

Aquecimento global

Pesquisadores americanos dizem que algumas árvores podem ajudar a mostrar os efeitos do aquecimento do planeta. Elas estão avermelhadas porque morreram. O mais longo estudo sobre as florestas do noroeste dos Estados Unidos culpa o aquecimento global pela morte precoce das árvores. Durante 50 anos, os cientistas monitoraram as florestas e concluíram que os pinheiros estão morrendo duas vezes mais rapidamente do que há 17 anos. As árvores sofrem com as altas temperaturas do verão e não conseguem se recuperar no inverno porque a neve derrete logo, aos primeiros sinais da primavera. Mudanças climáticas aponta razões históricas. Desde que o mundo se tornou industrializado, no século XVIII, aumentou a quantidade de dióxido de carbono e de outros gases que provocam o efeito estufa. Os gases formam uma barreira, retendo a energia solar. No laboratório da Universidade de Boulder, cientistas monitoram o ar do planeta. Uma vez por semana, o laboratório recebe amostras do ar de todas as partes do mundo, do mar do caribe, dos lagos da Europa, das montanhas da China, da floresta amazônica.

Os Estados Unidos são um dos maiores vilões. Entre 1990 e 2007, os Estados Unidos aumentaram em 16,5% as emissões de gases, chegando a mais de 7 bilhões de toneladas por ano. Entre 2007 e 2008 houve uma pequena queda, que os cientistas atribuem à crise econômica e à queda da produção industrial. A energia usada para iluminar casas e movimentar fábricas vem principalmente do carvão. Ele é queimado nas usinas e das chaminés sai o dióxido de carbono. Mas a quantidade absurda de carros circulando pelos Estados Unidos é quase tão nociva quanto a queima de carvão. Na Casa Branca, George Bush se recusou a assumir o compromisso de reduzir as emissões de dióxido de carbono. Agora, Barack Obama propõe uma redução de 17% até 2020.
O mundo precisa aprender a não desperdiçar energia, a buscar fontes alternativas, além do carvão, do gás e do petróleo. E usar soluções de engenharia para reduzir os níveis de dióxido carbono. Soluções para proteger o planeta.
A ilha de Ghoramara, na Índia, já perdeu metade do território e pode, em breve, sumir da face da terra. Sete mil habitantes foram embora e outros estão preparando a partida. No Japão, a ameaça também vem do mar: há sete anos, águas vivas gigantes, de até 2 metros de comprimento, infestam algumas regiões litorâneas, prejudicam a pesca e provocam queimaduras nos pescadores. Elas existiam somente na China, mas migraram para o local e se proliferaram.

O Japão tem alguns dos centros de previsão e pesquisas climáticas mais avançados do mundo e está usando a tecnologia para descobrir o que vai acontecer com o planeta nos próximos anos. Um globo no museu de ciências de Tóquio mostra o aquecimento da terra até o ano 2100. É uma visão do futuro, um futuro nada animador. Os cientistas japoneses estão usando um supercomputador, que ocupa um andar inteiro de um prédio, para calcular os efeitos do aquecimento global. Com isso, eles simulam o que vai mudar em cada ponto do planeta com o possível aumento de 3ºC na temperatura até o fim do século. Uma das conclusões: o número de tufões na Ásia e de furacões na América do Norte vai cair de 80 por ano, em média, para 66. Em compensação, a força do vento no epicentro vai aumentar em até 20% e as chuvas em até 60%.

Os cientistas japoneses também fizeram previsões para o Brasil. No Nordeste, os dias consecutivos de seca que, segundo ele, hoje são 100 por ano, em média, podem chegar a 130 em algumas áreas. No Centro-Sul do país, as chuvas que castigam a região no verão vão aumentar de intensidade. O professor diz que parte do aquecimento é inevitável, é um ciclo do planeta, que foi acelerado pela ação do homem. E que, por isso os países têm que se preparar. “Mas, se queremos diminuir esses efeitos, temos que fazer a nossa parte”, conclui ele. (Fonte: Jornal Nacional)

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