30 maio 2007

Guitarra é símbolo de juventude aos 85 anos (3)

Diante de tanta agitação no mercado mundial de música onde a guitarra sempre se destacou, muitos músicos falaram desse instrumento. Vamos conhecer o que eles disseram:

“Minha guitarra quer matar a sua mãe!” (Frank Zappa)

“Toco por prazer. Eu me divirto tocando guitarra. Conheço um monte de gente que quer ser famosa, mas não se dedica à guitarra. Pensam que tudo o que se precisa é deixar os cabelos crescerem e ter cara de muito louco. E acabam negligenciando o lado musical. É duro aprender música – é como ir para a escola para ser advogado. Por isso, você precisa gostar de música – senão, é melhor esquecer” (Eddie Van Halen).

“Provavelmente, são os sons mais ásperos já gravados e devem ser ouvidos quando se estiver com raiva ou muito louco. A última nota da canção é a minha guitarra suspirando...” (Jeff Beck, a respeito de sua interpretação em You Shook Me, blues clássico de Willie Dixon).

“Eu tocava guitarra-ritmo. Aliás, acho que toco ritmo até hoje. Guitarra-solo, pra mim era Steve Cropper, por blues, nessa época. Eu queria tocar blues. Foi quando a gente trocou de nome para The Who. A gente achava um nome cool, muito mod” (Pete Townshend).

“Não quero ser deus nenhum e muito menos o melhor guitarrista do mundo....Quando Hendrix morreu, fui para o jardim e chorei o dia todo. Não porque ele se foi, mas por não ter me levado com ele. Isso me deixou louco de raiva, bronqueado mesmo” (Eric Claoton).

“Sempre curti instrumentos de corda e piano. Então, comecei a curtir a guitarra – era um instrumento que estava sempre à mão. Eu tinha 14 ou 15 anos quando comecei a tocar guitarra...” (Jimi Hendrix)

“Já me acostumei com a Gibson-Firebird, conheço-a perfeitamente. Depois de todo esse tempo, não há condição de mudar para outra. Eu coloco a Firebird entre a Gibson Les Paul e a Fender” (Johnny Winter).

“A minha primeira guitarra foi uma cópia da Fender Stratocaster...Eu comprei uma Fender Stratocaster, que é realmente, uma guitarra fantástica...uma coisa que me seduz demais e o legal dela é que ela é uma guitarra muito pessoal. Isso é, com cada pessoa ela dá um som. Não é como a Gibson, que sempre tem o mesmo som. A Strato me deu mis liberdade e foi aí que eu comecei a comprar pedais” (Sérgio Dias Baptista)

“Ver, sentir e ouvir são os três fatores básicos em que se apóia a energia estonteante do rock. Com minha guitarra sou mais rápido do que uma bala” (Ted Nugent)

“Então, você quer ser um astro do rock and roll?/ouça só o que eu digo/compre uma guitarra elétrica/e espere um pouco/até você aprender a tocar” (cantaram os Byrds, em 1967, na canção So You Want To Be a Rock and Roll Star).

BRASIL

Elas chegaram para ficar. No final dos anos 50 e início dos 60, a Jovem Guarda adaptou como pôde a onda de libertação que explodia em todo o mundo. Antenados com a onda, Caetano, Gil, Tom Zé e Torquato Neto fizeram o Tropicalismo a partir de 1967. As guitarras elétricas haviam chegado para ficar. Musicalmente, a Tropicália incorporava as novas informações do mundo pop, sobretudo dos Beatles, fase Sgt. Pepper´s.
Cada vez mais interessados em colocar instrumentos elétricos em sua música, Gil convida o grupo Os Mutantes para tocar Domingo no Parque, segundo lugar no Festival da Record. Mais do que simples coadjuvantes da Tropicália, Os Mutantes (Arnaldo, Sérgio e Rita) chegavam para contaminar a nossa música jovem com o vírus da rebeldia. Independentemente de todo o rebuliço contra ou a favor da guitarra na MPB, Jorge Bem inventou uma fusão do afro-samba-jazz-rock que o tornaria um dos músicos brasileiros mais respeitados no exterior. A década de 70 assiste à proliferação de dezenas de grupos de rock espalhados pelo país. O rock carioca era representado pelo Vimana (Lobão, Lulu Santos e Ritchie). O Terço era cultuado pela tribo roqueira de São Paulo, assim como o Som Nosso de Cada Dia.

Em Salvador, o momento era para os Cremes, Banda do Companheiro Mágico, dentre outros. Os Novos Baiano fazia uma fusão onde incluía cavaquinhos, sintetizadores e guitarras. Raul Seixas surgia para provocar polêmicas e agitar o rock. A ex-mutante Rita Lee embalava seu fruto proibido.
Saindo uma vez do underground, o rock nacional dos anos 80 vira fenômeno. Desde grupos como Inocentes, Ira!, Ultrage a Rigfor, Camisa de Vênus, Barã Vermelho, Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial até Sepultura e Ratos do Porão, que conquistaram o país e o exterior.
E surgem novos conjuntos como o Virna Liso que mistura guitarras e instrumentos de samba; Killing Chaisaw com sua muralhas de guitarras, Faróis Acesos, Elite Marginal, Garagem, além de nomes de peso na guitarra baiana como Armandinho, Rudnei Monteiro, Mou Brasil, Kleber Leoni, Maninho e Nino Moura. E olha que eu não falei no “pau elétrico” da guitarra baiana no carnaval com o famoso trio elétrico de Dodô e Osmar. Fica para as próximas conversas...

Um comentário:

Nino Moura disse...

Valeu Gutemberg,
Fiquei honrado em ter sido citado na sua materia sobre guitarra.
Grande abraço.
Nino Moura

www.ninomoura.com.br